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Os seres humanos são reconhecidos pela unidade e pela diversidade. Os mesmos são reconhecidos como espécie e afirmados como
diversos, porque são portadores de um património genético único. Cada um de
nós, seres humanos, reconhece-se como único: “Eu sou eu, diferente de todos os
outros”.
A nossa identidade não se reduz aos dados que estão
nos nossos cartões de cidadão. A nossa identidade é muito mais que isso.
Segundo o psicólogo René L’Écuyer, a identidade é um
“conjunto de características (gostos, interesses, qualidades, defeitos, etc.), de traços pessoais (incluindo as características
corporais), de papéis e de valores,
etc. que a pessoa atribui a si própria, avalia, por vezes positivamente, e
reconhece como fazendo parte de si…”.
A identidade
pessoal é, portanto, o conjunto de perceções, sentimentos e representações
que uma pessoa tem de si própria, que lhe permite reconhecer e ser reconhecida
socialmente. A identidade é o essencial
de uma pessoa, o eu contínuo, o conceito interno e subjetivo do sujeito
como indivíduo. É o conceito de si, isto é, o modo como nós nos definimos e que
nos permite dizer “eu sou eu”. Em suma, a identidade pessoal é um fenómeno complexo e multidimensional, uma vez
que envolve um caráter objetivo, que se resume ao facto de cada indivíduo
ser único, diferente de todos os outros pelo seu património genético; mas
também, um sentido subjetivo, já que a identidade também remete para o sentimento de individualidade e de singularidade.
Características
da identidade:
- continuidade: sentimento de nos
reconhecermos os mesmos ao longo do tempo;
- estabilidade: representação, mais ou menos
estável, que um indivíduo tem de si e que os outros têm dele;
- unicidade: comportamentos com determinadas
características que refletem a ideia de unidade de um indivíduo;
- diversidade: corresponde ao facto de um
indivíduo ter vários papéis na sua vida (aluno, filho, amigo…)
- realização: a identidade remete para a
realização de si próprio através da ação;
- autoestima: a identidade está ligada a uma
visão positiva de si próprio.
A identidade afirma,
por um lado, a semelhança, e por outro a diferença. A identidade desenvolve-se ao longo de toda a vida
Sofia Fernandes, nº17, 12ºC
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