No âmbito da disciplina de psicologia, recebemos a seguinte proposta de trabalho: explicar e analisar a especificidade e complexidade das relações interpessoais bem como os temas que lhe estão subjacentes. Neste sentido, após a distribuição dos subtemas, fiquei com os processos fundamentais de cognição social.
Antes de mais, vou fazer uma breve referência a este conceito tão importante: cognição social. Para se relacionar com os outros, o ser humano desenvolve um leque variado de condutas, organizando-as em função das aprendizagens efetuadas nas suas vivências e também em função dos ensinamentos legados pelos seus antepassados. Seja qual for o modo de se relacionar, os fatores cognitivos estão sempre implícitos, na medida em que se trata de responder a situações cujo significado é estabelecido pela maneira como são analisadas, compreendidas e interpretadas socialmente. Por exemplo, se estou sozinha num comboio e entra na minha carruagem um homem desconhecido e se senta ao meu lado, qual será a minha reação e a minha interpretação em relação à atitude do homem? De facto, nenhuma pessoa reage, automaticamente, aos acontecimentos sociais, moldando a sua conduta em função do modo como sente e interpreta as situações. Neste sentido, grande parte da nossa interpretação foi-nos fornecida pelas pessoas que nos rodeiam, que nos souberam transmitir através da linguagem. Isto significa, que vemos o que nos rodeia não apenas com os nossos olhos mas também com os olhos dos outros (referenciais válidos). O que lemos e o que ouvimos constituem-se, assim, como um quadro interpretativo de conceitos partilhados pela generalidade dos elementos da comunidade.
Em conclusão, é fundamental explicar que cognição social se refere a uma conjunção de conhecimentos que nos permite conhecer as pessoas que se encontram à nossa volta. Por isso, é neste tema que nos vamos concentrar em processos (impressões, expectativas, atitudes e representações sociais), fundamentais para a compreensão de alguns dos processos básicos, isto é, dos mais implicados nas nossas interações sociais.
Cristina Botelho
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