quinta-feira, 2 de junho de 2016

As relações precoces

     O ser humano, ser biológico, carateriza-se por ser imaturo, pois uma vez que é recém-nascido não tem consciência das suas ações e do que deve ou não fazer. Daí depender/precisar, durante algum tempo da mãe para se alimentar, para cuidar da sua higiene, para o colocar a dormir e sem esquecer do mais importante, para lhe dar amor e carinho. Como sabemos o bebé precisa de cuidados indispensáveis para sobreviver física e psicologicamente. Logo, o recém-nascido precisa dos outros para interagir e viver, e sobretudo para a satisfação das suas necessidades primárias.
     Relativamente às competências básicas do bebé e da mãe podemos dizer que quanto ao bebé as suas competências baseiam-se em criar uma relação recíproca, ou seja, se a mãe lhe transmite amor e carinho o bebé transmite o mesmo, se a mãe transmite desprezo, ele não vai gostar que a mãe tome conta dele e vai transmitir o mesmo. O bebé também começa a sorrir, a chorar, a palrar, a agarrar e a gatinhar. Já as competências da mãe implicam a procura e proximidade; a noção de base de segurança, ou seja, a mãe tem de saber cuidar do filho e colocá-lo em segurança tem de saber o que é e o que não é perigoso; a noção de comportamento de refúgio, ou seja a mãe tem de demonstrar ao seu filho que é um porto seguro, um refúgio, para que ele se sinta protegido; e as reações marcadas face à separação involuntária, a mãe tem de estar preparada para que o filho se comece a sentir mais sozinho e que sinta que sente falta da mãe, pois a mãe começa de certa forma a afastar-se porque percebe que o seu filho já não está tão limitado em relação às necessidades primárias, ou seja, já consegue fazer o essencial sozinho.
     Uma boa relação entre mãe e bebé inclui vários aspetos como, o psicológico, físico, social, emocional e cognitivo. Mas para que a criança consiga desenvolver-se amplamente é necessário encorajá-la e apoiá-la nessas áreas, normalmente esse papel compete à mãe. Porque é a mãe que acompanha o seu filho desde a fecundação e normalmente os laços sentimentais com a mãe são mais fortes do que com o pai ou qualquer outro membro da família.
     Quanto à vinculação pode dizer-se que consiste na necessidade de criar e manter relações de proximidade e afetividade com os outros. A relação de vinculação manifesta-se pela necessidade de contactos físicos ou de proximidade. Chorar, sorrir, mamar, agarrar e seguir com o olhar, ou seja, observar, são aspetos que constituem os comportamentos que o bebé adota para manter a relação privilegiada com as figuras de vinculação.
     Vários psicólogos fizeram experiências com animais em que se concluía que a importância da relação de vinculação nos primatas era igual à dos bebés, ou seja, reagiam exatamente igual. Um dos exemplos é o caso de Konrad Lorenz em os seus patos e gansos, após o seu nascimento e após os primeiros meses, seguiam Lorenz para todo o lado, pois para os primatas ele é a sua mãe. Isto sucedeu-se porque foi Lorenz que fez o papel de mãe, foi ele que os alimentou, que os colocou num local seguro e confortável e sobretudo foi ele que deu amor àqueles pequenos animais.
      Para concluir, quando se estabelece uma relação entre o   bebé e a mãe dá-se o nome de díade, tal como o nome indica, dois. Também atribuímos o nome de tríade quando o bebé começa a relacionar-se com outros membros da família e até mesmo da sociedade, normalmente associa-se a tríade ao conjunto bebé, mãe e pai.


                                        
                                                                                                                                  Ana Manuela 12ºC



Sem comentários:

Enviar um comentário