terça-feira, 31 de maio de 2016

A categorização e o estereótipo


O ser humano é incapaz de absorver toda a informação relativa ao que o rodeia. Por isso, procura simplificar a informação, recorrendo, assim, à categorização como forma de organizar a sua percepção do mundo social.

O processo de categorização consiste na ordenação de elementos em categorias com caraterísticas próprias. Por outras palavras, o indivíduo, segundo este processo, organiza a informação recebida em "gavetas", sendo que cada uma delas é preenchida com elementos associados a uma categoria. 

Os estereótipos, “um sistema de crenças que se atribuem a membros de grupos, simplesmente pelo facto de pertencerem a esses”, são uma supergeneralização, resultante deste processo de simplificação. Introduzidas pela cultura, através do processo de sociabilização, estas crenças são caraterizadas como sendo imagens inflexíveis e esquemáticas, que influenciam a forma como o indivíduo interpreta o mundo social, afetando, até um certo ponto, o seu comportamento.  Como por exemplo,  um indivíduo encontra-se perdido na rua e decide pedir indicações às pessoas que o rodeiam, sobre qual o caminho a seguir para chegar ao seu destino. Quando vê um jovem que aparenta ser de étnia cigana, devido a acreditar que os ciganos são criminosos, opta por não lhe pedir ajuda e decide, então, abordar um senhor idoso sentado num banco de jardim. O indivíduo considera ser esta a decisão mais "segura", na medida em que acredita no estereótipo que carateriza os idosos como sendo gentis.

Nesta situação, podemos observar a relação estabelecida entre categorização e estereótipo, uma vez que o indivíduo atribuiu uma categoria a cada uma das pessoas apresentadas e posteriormente,  de forma automática, assumiu que estas possuíam traços e comportamentos caraterísticos da categoria que lhes fora atribuída, mesmo não sabendo a veracidade desta associação.

Em suma, o Homem necessita quer do processo de categorização como do estereótipo, devido a simplificarem a sua percepção sobre o mundo que o rodeia. No entanto, estes podem induzir em erro o indivíduo, levando-o a avaliar insidiosamente o outro.


Patrícia Ferreira 12ºD

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