O cérebro humano, em comparação com os restantes seres vivos, apresenta uma maior complexidade ao nível das suas estruturas, devido à especialização das suas funções em diferentes zonas.
A especialização funcional do cérebro é um fenómeno comum a todos os mamíferos, bem como a sua fragmentação em dois hemisférios, uma divisão causada pela fissura designada por corpo caloso. Apesar de separados, estes hemisférios partilham informações entre si, através de um sistema de fibras nervosas, permitindo, assim, funcionarem de forma integrada.
Envolvidos por uma camada cinzenta, os hemisférios especializaram-se em diferentes funções. Por um lado, “o hemisfério direito controla a formação de imagens, as relações espaciais, a percepção das formas, das cores, das tonalidades afetivas e o pensamento concreto”. Por outro lado, “o hemisfério esquerdo é responsável pelo pensamento lógico, pela linguagem, pelo cálculo, pelo discurso, pelo cálculo e pela memória”.
Porém, se cada um dos hemisférios é encarregue de controlar funções específicas como é que estes funcionam de forma integrada? Um exemplo simples que responde a esta questão é o seguinte: quando observamos uma pintura, o hemisfério direito percepciona as formas e as cores nela presentes, enquanto que o hemisfério esquerdo tenta interpretá-la através do pensamento lógico.
Para além da especialização de funções, outro aspecto que permite distinguir os dois hemisférios é o facto de o hemisfério direito controlar a parte esquerdo do corpo, ao contrário do hemisfério esquerdo que exerce o seu domínio no lado direito do corpo.
Hipócrates, pai da medicina, foi o provavelmente o primeiro a constatar este aspecto, uma vez que, em 400 a. C., através de uma observação atenta, verificou que quando um doente tinha uma lesão no lado esquerdo do cérebro, apresentava complicações/problemas na parte direita do seu corpo.
Em suma, o cérebro humano apresenta determinadas caraterísticas que o tornam único e indispensável à vida do indivíduo.
Patrícia Ferreira 12ºD
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