terça-feira, 15 de março de 2016

Personalidade - papel modelador da sociedade



Ao longo das aulas de psicologia, nomeadamente do 2º período, abordamos a temática da personalidade. Devo admitir que foi uma das áreas que mais me cativou e, por isso, resolvi escrever este artigo, como forma de desenvolver este assunto.
Primeiramente, é importante percebermos que a personalidade é aquilo que nos diferencia dos demais e, por isso, tende a ser única e autêntica. Embora possa ser suscetível de muita subjetividade, é aquilo que nos faz melhores ou piores que os outros. Para além disto, à personalidade está, desde cedo, associada uma evolução ou, se quisermos, uma aprendizagem.
Contudo, esta evolução/aprendizagem não é totalmente autónoma, não partindo apenas da vontade de cada um. Na verdade, hoje em dia, ao invés de sermos aquilo que sempre imaginámos, somos aquilo que a sociedade quis fazer de nós. Falo, portanto, do papel modelador da sociedade na personalidade.
Será que eu sou realmente eu, ou serei apenas mais um modelo da montra da sociedade? Para ser sincero, nem eu sei responder. Crescemos no seio de valores, ideais e condutas que nos são impostas pelo meio social em que nos inserimos. Desta forma, estas restrições acabam por dominar e condicionar a nossa autonomia e autodeterminação, reduzindo a nossa liberdade e capacidade de nos afirmarmos como únicos e irrepetíveis. Com o tempo, vemo-nos privados de enveredar por certos caminhos e usufruir de certas coisas pela simples razão de ficarmos mal vistos aos olhos da sociedade.
Eu, como membro integrante de um meio social, sinto-me reduzido, dominado e perfeitamente privado de muitas coisas. Sinto-me igual aos outros em muitos dos parâmetros que deveria ser diferente e, por isso, sinto-me incompleto. Incompleto e totalmente desiludido por não ter sido eu, e apenas eu, a afirmar a minha personalidade.

Pedro Alves 12ºC

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