Ao longo das aulas de psicologia, nomeadamente do 2º
período, abordamos a temática da personalidade. Devo admitir que foi uma das
áreas que mais me cativou e, por isso, resolvi escrever este artigo, como forma
de desenvolver este assunto.
Primeiramente, é importante percebermos que a personalidade
é aquilo que nos diferencia dos demais e, por isso, tende a ser única e
autêntica. Embora possa ser suscetível de muita subjetividade, é aquilo que nos
faz melhores ou piores que os outros. Para além disto, à personalidade está,
desde cedo, associada uma evolução ou, se quisermos, uma aprendizagem.
Contudo, esta evolução/aprendizagem não é totalmente
autónoma, não partindo apenas da vontade de cada um. Na verdade, hoje em dia,
ao invés de sermos aquilo que sempre imaginámos, somos aquilo que a sociedade
quis fazer de nós. Falo, portanto, do papel modelador da sociedade na
personalidade.
Será que eu sou realmente eu, ou serei apenas mais um modelo
da montra da sociedade? Para ser sincero, nem eu sei responder. Crescemos no
seio de valores, ideais e condutas que nos são impostas pelo meio social em que
nos inserimos. Desta forma, estas restrições acabam por dominar e condicionar a nossa
autonomia e autodeterminação, reduzindo a nossa liberdade e capacidade de nos
afirmarmos como únicos e irrepetíveis. Com o tempo, vemo-nos privados de
enveredar por certos caminhos e usufruir de certas coisas pela simples razão de
ficarmos mal vistos aos olhos da sociedade.
Eu, como membro integrante de um meio social, sinto-me
reduzido, dominado e perfeitamente privado de muitas coisas. Sinto-me igual aos
outros em muitos dos parâmetros que deveria ser diferente e, por isso, sinto-me
incompleto. Incompleto e totalmente desiludido por não ter sido eu, e apenas
eu, a afirmar a minha personalidade.Pedro Alves 12ºC
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