Segundo a tese de Freud sobre o desenvolvimento psicossexual, o Complexo de Édipo surge no estádio fálico, que decorre entre os 3 anos e os 5/6 anos. Neste estádio psicossexual, a criança desenvolve uma atração pelo progenitor do sexo oposto e hostilidade para com o seu outro progenitor do mesmo sexo. Como por exemplo, a menina sente uma maior afetividade pelo seu pai enquanto que, vê a sua mãe como uma “rival”. Estes sentimentos de hostilidade e agressividade para com o progenitor do mesmo sexo são intensificados pelo id, porém como a criança desenvolve o ego após o seu primeiro ano de vida, esta instância da sua psique atenua o ciúme que experiencia pelo progenitor, devido a se reger pelo princípio de realidade.
Para além disso, a criança vai se identificar com o progenitor do mesmo sexo e incorporar as suas atitudes, ações e valores. Este fenómeno vai contribuir para o desenvolvimento do superego, que será responsável pela interiorização das normas sociais e morais, constituíndo, assim, a sua consciência moral.
Na fase seguinte do seu desenvolvimento, denominado por estádio de latência, a criança experiencia a amnésia infantil, em que através de mecanismos de defesa, de natureza repressiva, bloqueia as suas memórias que podem perturbar a sua estabilidade emocional, transferindo-as para o seu inconsciente. Devido a esta repressão, a criança esquece grande parte dos sentimentos e comportamentos que ocorreram durante a vivência do Complexo de Édipo. A superação deste vai caracterizar a maturação do seu superego.
Patrícia Ferreira 12ºD
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