Freud, na análise que desenvolveu dos seus pacientes,
concluiu que muitas das manifestações por eles demonstradas resumiam-se a
conflitos relacionados com a sexualidade na infância, sujeitos a repressão e recalcados
no Inconsciente.
O fundador da Psicanálise esclarece que a sexualidade não
pode ser associada à genitalidade, mas sim ao prazer que tem origem no corpo e
que suprime a tensão.
O desenvolvimento da personalidade, segundo Freud,
processa-se numa sequência de estádios psicossexuais que decorrem desde o
nascimento até à adolescência. A cada estádio do desenvolvimento corresponde
uma determinada zona erógena.
Estádios de Desenvolvimento da
Personalidade:
I –
Estádio Oral
II
– Estádio Anal
III
– Estádio Fálico
IV – Estádio de Latência
V
– Estádio Genital
Estádio de Latência
Ao
contrário do que acontece nas outras fases do desenvolvimento (oral, anal,
fálica e genital), o estádio de latência não se identifica com uma zona erógena
específica. Isso significa que a energia transmitida pela líbido está investida
num outro Objeto, que não o próprio corpo. Podemos dizer que a libido sexual
está adormecida, em prol de outros investimentos. A criança, nesta fase, tem a
sua líbido sublimada, ou seja, convertida em interesses intelectuais, sendo
esta orientada para as atividades escolares e de socialização. Vê-se muito
reforçada a relação entre os colegas e o professor.
O
Estádio de Latência decorre desde os 5/6 anos até à puberdade. É o período da
vida marcado por dois acontecimentos significativos: a entrada na escola e a
ampliação das relações interpessoais da criança; e a aparente atenuação da
atividade sexual.
Recalcadas
no inconsciente, as conturbadas experiências emocionais do estádio fálico não
parecem perturbar a criança. É como se não tivessem acontecido. Esta amnésia
infantil liberta-a da pressão dos impulsos sexuais.
No
final deste estádio, o aparelho psíquico está completamente formado.
Sofia Fernandes
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