quinta-feira, 17 de março de 2016

"A psicogénese de um caso de homossexualismo numa mulher” de Freud

  





Nesse trabalho Freud estudou, através da descrição de um caso clínico, a questão da sexualidade nas mulheres. O caso clínico tratava-se de uma paciente com 18 anos, que se apaixonou por uma mulher que era 10 anos mais velha que ela. Essa mulher de quem a jovem admirava, tinha relações com muitos homens e mantinha relações íntimas com uma mulher casada. A paciente, segundo os seus pais, nunca tinha demonstrado interesse pelo sexo oposto. E, nos anos anteriores já tinha mostrado grandes sentimentos por outras mulheres. Passado 6 meses do que aconteceu, os pais procuraram Freud, no intuito de combater a homossexualidade da filha.

Freud salientou que, o facto da jovem, ter sido levada ao tratamento, ao invés de querê-lo por própria vontade, colocou muitas dificuldades ao trabalho analítico por parte deste. Um outro fator desfavorável à análise era o facto da paciente não estar doente (não apresentava sintomas histéricos ou queixas), sendo o objetivo do trabalho a remoção do homossexualismo.
Freud dividiu a análise em duas partes. A primeira consistia em obter informações necessárias sobre a paciente e a sua familiarização com a técnica da psicanálise. A segunda fase era marcada pela recordação, repetição e elaboração do material inconsciente (superação das resistências). Neste caso, a análise ficou só pela primeira fase devido a uma grande resistência por parte da paciente. No início do tratamento, Freud é informado pela paciente que ela nunca tinha tido relações sexuais com a mulher e que, apesar de desejar a mulher, estaria disposta ao tratamento por amor aos pais.                            O que chama a atenção neste trabalho psíquico de Freud, é mesmo o fato da jovem ter assumido um papel masculino na relação com a mulher,comportando-se como um homem - “Havia, assim, não apenas escolhido um objeto amoroso feminino, mas desenvolvera também uma atitude masculina para com esse objeto”.
 Para ele, a homossexualidade é tão natural como a heterossexualidade. Concluiu isto a partir de uma carta que ele escreveu em 1935, a uma mãe norte-americana que lhe pediu ajuda em relação às condutas e comportamentos que ela considerava anormais por parte do filho. E Freud respondeu “Eu creio compreender, após ler a sua carta, que o seu filho é homossexual. Fiquei muito surpreso pelo facto de a senhora não ter mencionado esse termo nas informações que me deu sobre ele. Posso eu vos perguntar por que evitou esta palavra? A homossexualidade não é evidentemente uma vantagem, mas não há nada do que sentir vergonha. Ela não é nem um vício, nem uma desonra e não poderíamos qualifica-la de doença. (…) Muitos indivíduos altamente respeitáveis, nos tempos antigos e modernos, foram homossexuais (Platão, Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci, etc.). É uma grande injustiça perseguir a homossexualidade como e crime e também uma crueldade.” (Freud, 1935/1967).
 Para a psicologia, a homossexualidade é tão natural como a heterossexualidade. O Organismo nasce com uma carga genética que determinará como respondemos a determinados estímulos. Parte dos genes serão ativados ao longo da vida, alguns podem até nunca se manifestarem. A partir do momento em que nascemos, e mesmo no desenvolvimento embrionário, o organismo passa a modificar o que o rodeia e a ser modificado por este.
    Os nossos pensamentos, sentimentos e as nossas ações, são resultado da contínua interação entre o nosso organismo e as coisas que lhe acontecem. Quando se trata dos nossos comportamentos, não somos nem biologicamente nem psicologicamente determinados, mas fruto da relação de ambos. Podemos entender então que, para a Psicologia, a sexualidade humana é mais complexa do que imaginámos. A sexualidade humana tem bases biológicas, mas não existe orientação sexual sem interação com o ambiente: família, amigos, sociedade, etc.
    A homossexualidade é uma característica, não uma deficiência, devemos olhar para ela com a naturalidade que ela exige e devemos respeitar quem opta por caminhos diferentes dos nossos e quem pensa de maneira diferente. Homossexualidade não é nenhuma doença e não deve ser olhada e criticada como tal!


                                                                                                                     Ana Manuela 12ºC  

terça-feira, 15 de março de 2016

Gestaltismo

         “O todo é mais que a soma das partes”, nada melhor para apresentar este ramo da psicologia do que esta frase, que de certa forma, tão bem resume esta doutrina, que consiste em compreender o todo para depois compreender as partes. 
 O gestaltismo, assume um papel fundamental na construção da Psicologia como ciência.
A esta doutrina pode atribuir-se também, o nome de Psicologia da Forma, tendo surgido no início do séc. XX. Baseia-se nos seguintes conceitos: supersoma e transponibilidade.
         Opõem-se à corrente associacionista, que defendia que a vida mental era, essencialmente, constituída por elementos que se associam. O gestaltismo, assume que qualquer fenómeno psicológico é uma totalidade organizada, incapaz de se reduzir à soma dos elementos que a compõem, a percepção dos objectos é diferente da percepção do somatório dos elementos que o constituem. Consideram o contexto em que ocorrem os fenómenos psicológicos, fundamental para a compreensão dos mesmos, e realçam os processos de organização mental.
Maria Joana, nº12, 12ºC

Método Psicanalítico - Freud


           Inicialmente, o método utilizado para explorar o inconsciente, era a Hipnose. Joseph Breuer, amigo de Freud, sugeriu-lhe adotasse um método alternativo à hipnose, uma vez que acreditava que os sintomas da doença seriam atenuados e até ultrapassados, se o paciente falasse livremente.

 Considerando a necessidade de construir um método próprio, Freud segue a sugestão do seu amigo, abandonando a Hipnose como método de trabalho, e aplica o método clínico, adaptando um conjunto de técnicas que permitiriam trazer ao consciente as causas não conhecidas, ou inconscientes, dos problemas e conflitos dos pacientes.

            Estes conflitos, segundo Freud, remontam à época da infância.

“Os conflitos característicos da primeira infância podem ser resolvidos, seguindo-se um desenvolvimento psíquico saudável. Mas, como acontece muitas vezes, podem ser mal resolvidos ou mesmo não resolvidos. Isto significa que são recalcados ou reprimidos, afastados para longe da nossa consciência. Que esses conflitos se tornem inconscientes não implica de modo nenhum que sejam desativados ou deixem de existir. Com efeito, não se manifestando diretamente ao nível da consciência, tais conflitos e incidentes traumáticos continuam a afetar o nosso comportamento e a nossa personalidade sem disso termos consciência. Quer isto dizer que se manifestam de forma indireta provocando perturbações psíquicas, desordens no comportamento e sofrimentos físicos. Como esses conflitos e incidentes foram recalcados (tornam-se inconscientes), são, sem que o saibamos, a causa dos nossos atuais padecimentos físicos e psíquicos.
             É esta “falha” que a terapia psicanalítica, no sentido tradicional do termo, pretende colmatar. Durante o tratamento psicanalítico, o terapeuta tenta conduzir o paciente à origem, até aí inconsciente, dos seus males, ou seja, tenta fazer os conflitos e traumas inconscientes (recalcados) à consciência.

           O psicanalista, na sua prática terapêutica, recorre a alguns procedimentos ou técnicas próprias, como:
  • Associações livres – O psicanalista pede ao analisado que diga tudo o que sente e pensa, sem qualquer omissão, mesmo que lhe pareça sem importância, desagradável ou absurdo. É no decorrer deste procedimento que se manifestam resistências, desejos, recordações e recalcamentos inconscientes, que o analista procurará identificar e interpretar.
  • Interpretação dos sonhos – O psicanalista pede ao analisado que lhe relate os sonhos. Segundo Freud, o sonho seria a realização simbólica/disfarçada de desejos recalcados. Freud distingue o conteúdo manifesto do sonho (o que é lembrado), e o conteúdo latente (desejos, medos). Cabe ao analista interpretar o significado dos sonhos.
  • Análise da transferência – O psicanalista analisa e interpreta os dados do processo de transferência. A transferência é um processo em que o analisado transfere para o psicanalista os sentimentos de amor/ódio vividos na infância, sobretudo relativamente aos pais.
  • Análise dos Atos Falhados – O psicanalista procura interpretar os esquecimentos, lapsos e erros de linguagem, leitura ou audição do analisado. Segundo Freud, estes erros involuntários manifestariam desejos recalcados no inconsciente e que irromperiam na vida quotidiana.
          Ponto de vista de Freud sobre o método psicanalítico: 
        “O tratamento psicanalítico não comporta senão uma troca de palavras entre o analisado e o médico. O paciente fala, conta os acontecimentos da sua vida passada e as suas emoções. O médico esforça-se por dirigir a marcha das ideias do paciente, desperta recordações, orienta a sua atenção em certos sentidos, dá-lhe explicações e observa as reações de compreensão ou incompreensão que provoca no doente. (…)
        As palavras faziam primitivamente parte da magia e nos nossos dias a palavra guarda muito do seu poder de outrora. Com palavras um Homem pode tornar o seu semelhante feliz ou levá-lo ao desespero, e é com a ajuda das palavras que o mestre transmite o seu saber aos alunos, que o orador empolga os auditores e determina os seus juízos e decisões.”
                                                                                                  Freud, Introduction à la Psychanalyse, Payot, 1976
Sofia Fernandes 12º C

 


 
 
 

Processos cognitivos

Processos cognitivos são como os processos subjacentes á elaboração do conhecimento, os processos cognitivos são muito complexos, porque implicam um conjunto de estruturas que recebem, filtram, organizam e retêm os dados provenientes do meio. De entre os processos cognitivos, vamos abordar três: a perceção, a aprendizagem e a memória. Em primeiro lugar, a perceção pode ser entendida como a forma de contactar com o mundo através dos nossos sentidos, não mostrando o mundo tal como ele é. Existem diferentes tipos de perceções, como por exemplo através da visão recebemos informações que encontram nesse lugar, através da audição ouvimos não só as pessoas mas todo o mundo que te rodeia e através do tato conseguimos sentir-nos confortáveis nesse sítio devido ao facto da temperatura estar propicia ao nosso corpo e o cheiro ser agradável.


 Em segundo lugar, a aprendizagem é todo um processo diário, sabes que tens de te levantar preparar-te, tomar o pequeno-almoço, apanhar o autocarro e ir para a escola, tudo isto faz parte de uma aprendizagem a que te habituas ao longo da vida, por um processo de socialização. Por ultimo, a memoria a memoria é muito importante para o ser humano uma vez que sem ela não poderíamos guardar quaisquer tipos de informação , acontecimentos entre outras coisas, é ela que faz de nos pessoas únicas e capazes de nos distinguir perante os outros, é ela que nos responsabiliza pela identidade que adquirimos , e é também com ela que adquirimos o futuro e nos possamos lembrar do passados, muitas das coisas do passados de criança que não nos lembra-mos se dão facto de existir o recalcamento . Todos estes comportamentos estão relacionados com os estímulos do meio e são calculáveis, como o toque da campainha de manha, entre outros. Estas aprendizagens são chamadas de não simbólicas, Por exemplo cumprimentar pessoas abrir o manual, são chamadas de aprendizagens simbólicas pois, envolvem a maneira como interpretamos a realidade e como regulamos os nossos comportamentos. Em suma podemos concluir que as memorias são importantes pois é com a sua ajuda que negamos a informação desnecessária, caso contrario não iríamos funcionar como organismo.
                       
                                                                                                                             Tânia Castro 12º C

Introdução ao método psicanalítico

O último tema abordado nas aulas de psicologia, no 2º período, foi o método psicanalítico. Tendo em conta que foi abordado apenas em uma aula, resolvi procurar e pesquisar sobre esta temática.
As técnicas psicanalíticas foram criadas, desenvolvidas e sugeridas por Sigmund Freud. O método psicanalítico consiste na investigação dos processos inconscientes da vida mental e numa forma de psicoterapia. Assim, para além de procurar explicar determinados fenómenos ao nível da mente inconsciente, procura também alcançar a resolução de certas patologias. Prova disto é o facto de, atualmente, o método psicanalítico ser aplicado no domínio da psicologia clínica, que foi muito influenciada pela conceção de Freud relativa ao psiquismo humano.
Um dos “objetos” de tratamento do método psicanalítico é a nevrose, assentando na cura pela fala. Neste sentido, deve proceder-se a uma análise do discurso, das emoções e dos comportamentos da pessoa. Para isto, será crucial a relação afetiva entre o terapeuta e o pa
ciente, para que o último se sinta á vontade, calmo, e consiga confiar no primeiro. Assim, o paciente deve ser capaz de se conhecer, analisar e perceber a si próprio, comprometendo-se com o processo psicanalítico.
O método psicanalítico aplica-se a desordens mentais moderadas, como depressões crónicas, fobias, esquizofrenia, etc.

Pedro Alves 12ºC

Personalidade - papel modelador da sociedade



Ao longo das aulas de psicologia, nomeadamente do 2º período, abordamos a temática da personalidade. Devo admitir que foi uma das áreas que mais me cativou e, por isso, resolvi escrever este artigo, como forma de desenvolver este assunto.
Primeiramente, é importante percebermos que a personalidade é aquilo que nos diferencia dos demais e, por isso, tende a ser única e autêntica. Embora possa ser suscetível de muita subjetividade, é aquilo que nos faz melhores ou piores que os outros. Para além disto, à personalidade está, desde cedo, associada uma evolução ou, se quisermos, uma aprendizagem.
Contudo, esta evolução/aprendizagem não é totalmente autónoma, não partindo apenas da vontade de cada um. Na verdade, hoje em dia, ao invés de sermos aquilo que sempre imaginámos, somos aquilo que a sociedade quis fazer de nós. Falo, portanto, do papel modelador da sociedade na personalidade.
Será que eu sou realmente eu, ou serei apenas mais um modelo da montra da sociedade? Para ser sincero, nem eu sei responder. Crescemos no seio de valores, ideais e condutas que nos são impostas pelo meio social em que nos inserimos. Desta forma, estas restrições acabam por dominar e condicionar a nossa autonomia e autodeterminação, reduzindo a nossa liberdade e capacidade de nos afirmarmos como únicos e irrepetíveis. Com o tempo, vemo-nos privados de enveredar por certos caminhos e usufruir de certas coisas pela simples razão de ficarmos mal vistos aos olhos da sociedade.
Eu, como membro integrante de um meio social, sinto-me reduzido, dominado e perfeitamente privado de muitas coisas. Sinto-me igual aos outros em muitos dos parâmetros que deveria ser diferente e, por isso, sinto-me incompleto. Incompleto e totalmente desiludido por não ter sido eu, e apenas eu, a afirmar a minha personalidade.

Pedro Alves 12ºC

Noção Behaviorista de comportamente - continuação




No meu último artigo desenvolvi a temática do behaviorismo. Contudo, depois de pensar e de o ler de novo, senti que seria importante aprofundar um pouco mais uma das ideias que os behavioristas defendem. Assim, ao longo deste artigo, irei falar sobre a noção behaviorista de comportamento.
Como referi no artigo anterior, o behaviorismo sugere a relação E-R, isto é, Estímulo-Resposta. Por outras palavras, e de forma mais concreta, o behaviorismo encara o comportamento como a resposta ou conjunto de respostas observáveis de um organismo, determinado por um ou vários estímulos/situação. Por exemplo, se estivermos a cozinhar e, por azar, encostarmos a mão na boca quente do fogão (estímulo), a nossa reação será retirá-la imediatamente (resposta).
No entanto, também os estímulos e respostas têm a sua especificidade, devendo ser abordados de forma mais concreta.
No que se refere aos estímulos, estes podem ser externos ou internos. No caso de serem externos, falamos, por exemplo, de raios luminosos, ondas sonoras, partículas odoríferas, vibrações mecânicas, etc. No caso de serem internos falamos, por exemplo, da ação do sistema nervoso, endócrino, etc. Relativamente às respostas, por sua vez, estas podem ser explícitas ou implícitas. Na eventualidade de serem explícitas, são possíveis de observação direta, tais como movimentos do organismo, secreções, etc. Se, pelo contrário, forem implícitas, já não são possíveis de observação direta, sendo observáveis através de instrumentos de registo.
Em suma, a compreensão do comportamento é algo bastante mais complexo do que aquilo que o senso comum desenha, apresentando toda uma complexidade nos seus conceitos.

Pedro Alves 12ºC

segunda-feira, 14 de março de 2016

Psicanálise de Sigmund Freud: parte 2







Neste artigo, vou escrever, novamente, sobre um dos psicólogos mais influentes e importantes (Sigmund Freud). No artigo anterior referi o objeto de estudo em que se baseia o psicólogo e agora vou redigir, essencialmente, teorias bem como as respetivas técnicas.

Freud estipulou dois princípios que regem a nossa vida psíquica: o princípio do prazer e o princípio da realidade. Mais tarde, manteve estes princípios, mas achou por bem rever a teoria do iceberg. Sigmund Freud optou, então, por dividir o psiquismo em três instâncias: ID, EGO, SUPEREGO. O ID é a parte mais instintiva e inacessível do psiquismo. É a partir dele que o EGO (a parte do psiquismo que está em contacto com a realidade) se desenvolve. Já o SUPEREGO é a dimensão que atua como uma espécie de juiz das nossas ações e pensamentos. Criou, também, um modelo de desenvolvimento organizado em estádios, pelos quais, na sua opinião, todas as pessoas passam. Neste seu modelo, apresentou cinco estádios de desenvolvimento, que ocorreram desde o nascimento ao estado adulto (oral, anal, fálico, de latência, genital).

Como sabemos, no tempo de Freud, a sexualidade era tabu e o ser humano era definido como um ser, essencialmente, racional. Neste sentido, podemos prever o quanto seria escandalosa tal proposta revolucionária que afirmava que havia uma sexualidade infantil e que as nossas mentes eram, fundamentalmente, irracionais.


                                                                                                                Cristina Botelho

A origem da psicanálise de Sigmund Freud


Sigmund Freud (psicólogo austríaco) é uma das mentes mais influentes do século XX. Alguns indivíduos consideram-no genial e revolucionário, outros polémico. Houve outros que o consideraram, simplesmente, excêntrico.
Foi o grande criador da psicanálise, formou-se em medicina e deu conta que alguns dos seus pacientes apresentavam sintomas como a cegueira, a paralisia, ou a dor para os quais não conseguia encontrar doenças físicas ou lesões que os explicassem. Freud conclui, então, que na sua origem estavam causas psicológicas. Causas que ficavam fora do alcance da consciência. Foi assim que elegeu como objeto de estudo da psicanálise o inconsciente. Para explicar a sua visão da mente humana, Freud começou por compará-la a um imenso iceberg. O pequeno pedaço visível representa o consciente, já a parte maior, submersa, representa o inconsciente.

Para concluir, o sucesso de Freud deveu-se, sobretudo, à criação de um tratamento eficaz em variadas desordens mentais (neurose). Sigmund Freud analisou o homem como sendo um ser dominado por inúmeras motivações inconscientes.

                                                                                                                   Cristina Botelho

A fundação da Psicologia Humanista- Carl Rogers


Carl Rogers foi um psicólogo norte-americano e nasceu no início do século XX. Não é o psicólogo mais influente nem o mais citado, apesar disso o seu trabalho marcou irreversivelmente a psicologia e a psicoterapia.
Fez parte dos fundadores da Psicologia Humanista. Nesta corrente da psicologia, Rogers procura concentrar-se na capacidade das pessoas fazerem as suas próprias escolhas, criarem os seus estilos de vida pessoal, bem como realizarem-se consoante o seu desejo. Como psicoterapeuta, Carl mobilizou todos os seus esforços contra a psicanálise e o behaviorismo. Em alternativa a estas abordagens, criou algumas teorias e técnicas inovadoras como, por exemplo, a terapia centrada no cliente. As teorias que Carl Rogers desenvolveu baseiam-se, sobretudo, na sua experiência clínica.
Para concluir, é bastante importante referir que foi ele, juntamente com os seus colaboradores, que gravaram as primeiras sessões terapêuticas, analisando ainda o seu conteúdo. Este grupo, identificou muitos processos-chave que conduziram a mudanças construtivas dos seus clientes. Apesar de não ser um psicólogo bastante conhecido, inovou a conceção de intervenção psicológica e contrariou a visão pouco humanizante da psicologia. Ao mesmo tempo, resgatou a consciência, enquanto objeto de estudo e defendeu a importância do livre-arbítrio.

                                                                                                                    Cristina Botelho
 


Jean Piaget







No artigo anterior, elaborei um artigo sobre Jean Piaget e o seu interacionismo. Deste modo e como sequência, vou continuar a escrever sobre este psicólogo ilustre bem como as suas teorias.


A teoria de Jean Piaget foca-se no crescimento, através da adaptação e ajustamento ao meio e inclui diversos conceitos chave. A noção de esquema é um deles, mas existem outros, como: assimilação e acomodação. A assimilação baseia-se na incorporação de um elemento do meio exterior nos esquemas do sujeito. A acomodação consiste na transformação dos esquemas do sujeito em função do elemento exterior. Na sua perspetiva, o desenvolvimento ocorre por estádios. Durante o processo de desenvolvimento, é importante manter o equilíbrio entre conhecimento existente ou seja, assimilar, e a alteração do comportamento para considerar novos conhecimentos isto é, acomodar. À relação entre a assimilação e a acomodação Jean Piaget chamou de equilibração. É a equilibração que torna possível que a inteligência se construa, progressivamente, ao longo do tempo. Nos estádios há aquisições relevantes e a cada estádio corresponde determinadas estruturas. Jean Piaget defende a existência de 4 estádios: sensório-motor, pré-operatório, operações concretas, operações abstratas.


Em conclusão, é vital compreender que Piaget se baseia numa relação entre assimilação e acomodação, da qual resulta um processo de equilibração. Este equilíbrio entre os dois conceitos é fundamental para o desenvolvimento psíquico do indivíduo.

                                                                                                                  Cristina Botelho



Interacionismo de Jean Piaget





Jean William Fritz Piaget foi um psicólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Focou-se, essencialmente, na Epistemologia Genética.

Jean Piaget escolheu uma perspetiva interacionista. Como conhecemos o mundo? Como nos tornamos inteligentes? A resposta está na transformação do potencial inato de cada um de nós isto é, as estruturas naturais que temos,  equipado em conhecimento, sempre que cada ser humano interage com o meio que nos rodeia. É através destas interações que o desenvolvimento cognitivo do cidadão se constrói e este se torna inteligente.

Em suma, Jean Piaget concentra-se nos processos cognitivos e em como nos podemos tornar inteligentes.


                                                                                                         Cristina Botelho



Complexo de Édipo


O complexo de Édipo surge no estádio fálico, proposto por Sigmund Freud, onde o conflito central surge no seu desenvolvimento sexual. É um dos conceitos fundamentais de Freud, na sua psicanálise. Édipo é uma personagem da mitologia grega.

Laio, rei de Tebas foi avisado por Oráculo de Delfos de que uma maldição iria ser concretizada uma vez que o seu próprio filho o iria matar casando-se, posteriormente, com a sua mãe. Neste sentido, quando nasce o seu filho Édipo, Laio abandona-o no monte Citerão e tenta matá-lo através da colocação, desumana, de um prego em cada pé. Mais tarde foi encontrado por um pastor e adotado pelo rei de Corinto. Édipo procura Oráculo e este diz-lhe que irá matar o seu pai e casará com a sua mãe. Deste modo, decide fugir de Corinto para evitar tal catástrofe, achando que se tratava dos seus pais adotivos. No caminho encontra um homem (Laio) e inicia uma discussão com ele já que este lhe ordena para que saia da sua frente. No decurso da situação, Édipo mata o seu próprio pai. Após o episódio, dirige-se à sua terra de onde era natural e casa-se com uma mulher, com a qual teve 4 filhos. Quando consulta Oráculo de Delfos, devido a uma peste, Édipo e Jocasta descobrem que são mãe e filho. A mulher suicidou-se e Édipo perfurou os seus próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a sua própria mãe.

Em conclusão, é de referir que o complexo de Édipo, para Freud, é uma etapa imprescindível para a passagem de uma fase onde o principal interesse é a obtenção de prazer (bocal, anal, genital) para uma fase onde vigoram medidas sociais (o medo, a vergonha são sentimentos que começam a surgir nesta fase).

                                                                                                                     Cristina Botelho