segunda-feira, 30 de maio de 2016

SENTIR SEM RECEIO














Outro dos processos que integrantes dos processos emocionais, para além das emoções de que já falei, são os sentimentos. Os sentimentos, ao contrário das emoções, são processos que não podem ser observados pelas outras pessoas, mas são as emoções que estão na base dos sentimentos. Emoções e sentimentos, embora estejam relacionados neste ponto, apresentam algumas diferenças significativas que os distinguem, começando pelo caráter mais introspetivo dos sentimentos em oposição às emoções que se exprimem claramente perante outras pessoas, outra diferença é a duração da manifestação das emoções, que acontecem num momento e depois passam podendo voltar desde que um estímulo as desencadeie, enquanto os sentimentos ficam e acompanham-nos ao longo do tempo, por vezes todoa a nossa vida.

O grande problema do ser humano perante os sentimentos é a sua grande subjetividade e complexidade, sendo muito difícil interpretá-los ou até termos consciência do que estamos a sentir, o que não quer dizer que não estejamos a sentir efetivamente, mas não reagimos em função deles, pois para os sentimentos terem alguma influência no nosso comportamento é precisa a consciência, é preciso percebermos que realmente os estamos a sentir, caso contrário nunca conseguríamos expressar o nosso amor, amizade ou qualquer outro sentimento perante alguém ou alguma coisa.

O campo dos sentimentos está sempre envolto em grandes perguntas e dificuldades, devido à sua complexidade, levando as pessoas a tentarem não ir tanto pela via dos sentimentos, a não serem sentimentalistas, pois têm medo que a sua vida se torne um grande ponto de interrogação, tentando sempre tornar-se mais racionais, pondo os sentimentos de lado. 

Para mim, mesmo com a dificuldade de perceber os sentimentos, nunca devemos ter medo de os sentir, tal como disse Gilbert Chesterton “ O miserável receio de ser sentimental é o mais vil de tosos os receios modernos” e concordando com esta frase afirmo que o que nos distingue dos outros animais para além da razão é o modo incomparável como sentimos. 




Bruno Pinto, Nº3, 12ºC

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