Os grupos sociais que integram as sociedades em geral, procuram preservar a sua união através do respeito pelas normas e regras vigentes. De facto, as normas funcionam como um instrumento de controlo social e, por isso, o conformismo torna-se essencial à manutenção dos grupos sociais. O desvio à norma, isto é, a desobediência às regras, é alvo da censura social através de críticas e sanções.
No entanto, ao longo do tempo, tem-se verificado uma mudança a todos os níveis, desencadeada por conceções, atitudes e comportamentos que não respeitam o que é considerado correto e desejável, a esta transformação das mentalidades dá-se o nome de inconformismo. As pessoas que adotam atitudes inconformistas tornam-se, frequentemente, objeto da crítica social. Assumidos pelas minorias os comportamentos inconformistas, geradores de inovação, acabam muitas vezes por ser adotados pelo sistema social, ou seja, a mudança social encontra neste processo a sua origem. Desta forma, podemos concluir que as minorias influenciam as ideias e as atitudes das sociedades, tornando-se dominantes, sem recorrer a um poder autoritário. A inovação surge quando o desvio do comportamento não visa o desrespeito pelas normas sociais vigentes, mas a proposta de normas alternativas. O processo de influência da minoria e, por conseguinte, de inovação, ocorre quando há conflito, ou seja, quando no interior de um grupo alguns membros discordam da opinião da maioria, propondo normas alternativas.
Em conclusão, para que a minoria possa ter efeito sobre a maioria torna-se fundamental que as suas posições se traduzam de forma clara e que sejam sustentadas de forma consistente e firme, apesar das pressões da maioria. Ao assumir uma postura segura e confiante, ao longo do tempo, a sua possibilidade de influência aumenta, uma vez que, a maioria começa a considerar as suas posições.
Patrícia Caldas 12ºD
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