Considera-se que esta teoria, se estrutura através de duas tópicas: na primeira, temos o famoso “Icebergue”, que coloca o consciente no topo, o pré-consciente a meio e o inconsciente no fundo. Sendo que, o inconsciente é a origem da vida psíquica e sujeita-se às forças de recalcamento impostas pela censura. O pré-consciente é o material inconsciente que nos dá acesso ao consciente, e esse, o consciente, seria uma visão superficial de toda a personalidade. Relativamente à segunda tópica, Freud, subdividiu-a em 3 conceitos, nomeadamente, o ID, o EGO e o SUPEREGO.
Abordando cada um deles de forma mais profunda, o ID reune o conjunto de necessidades e impulsos biológicos, pulsão (eros/thanatos, ou seja, amor/ódio), instintos (sexuais e agressivos), que se regem pelo prazer, procurando a satisfação, que mais tarde será recalcada, reprimida, considera-se portanto, inconsciente, amoral. No que toca ao EGO, assume-se como um Eu, são os primeiros conflitos da infância, isto é, quer na infância, quer ao longo da vida, surge um “conflito eterno”, que é a capacidade do Homem gerir de forma equilibrada, o prazer e os deveres/obrigações, as exigências do ID e do SUPEREGO, consideramos por isso, o “eu como um campo de batalha, ou como um escravo que deve obedecer a 2 senhores”. De forma que, são criados de maneira parcialmente inconsciente, mecanismos de defesa que se associam à repressão, que por sua vez, consiste na capacidade de adiar a satisfação das necessidades.
Em relação ao SUPEREGO, tal como o conceito nos indica, é um super-eu, surge como a resolução do complexo de édipo, nomeadamente a idealização, na maioria das vezes por parte dos pais, de uma imagem, de um ideal. Começa então, a recair sobre o ser humano a noção do dever, dos valores sociais e culturais, a consciência moral, e por vezes, hipermoral, que é a exigência de tal forma exagerada dos valores e ideais que se tornam insuportáveis (neurose).
Para concluir esta situação, a psicanálise de Freud, é um modelo dinâmico que se centra nos conflitos que opõem a natureza instintiva do homem às interdições culturais que levam ao desenvolvimento da personalidade na infância permitindo assim, mais tarde, viver na sociedade dos homens.
Maria Joana, nº12, 12ºC
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