quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Freud e a Psicanálise - Síntese

  
A Psicanálise caracteriza-se como uma corrente da Psicologia que procura o fundamento oculto dos comportamentos e dos processos mentais, com o objetivo de descobrir e resolver os conflitos intra-psíquicos geradores de sofrimento. A Psicanálise define-se como método terapêutico assente numa relação profunda entre o psicanalista e o paciente.
      Uma das mais importantes descobertas de Freud relaciona-se com a sexualidade infantil. O psiquismo humano forma-se a partir dos conflitos que, desde o nascimento confrontam os instintos sexuais (a Líbido) e a realidade. Podemos dizer que, em termos psicanalíticos, nós somos o resultado da nossa infância.
         Outra descoberta importante remete-se ao facto de a nossa mente consciente não controlar todos os nossos comportamentos. Mesmo os nossos atos voluntários, resultantes de uma deliberação racional, estão dependentes de uma fonte motivacional inconsciente.
            
       A descoberta do inconsciente: o desejo e a satisfação são elementos inerentes à nossa vida psíquica. Todos os nossos comportamentos resultam de uma fonte energética inesgotável, cuja manifestação assume várias formas. Trata-se do núcleo instintivo que dá vida à nossa alma e é constituído por dois pontos antagónicos: a Líbido, o desejo sexual, o amor, a que Freud chamou Eros; e o impulso de morte, a agressividade, designado por Thanatos.
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            A história da nossa infância “persegue-nos” ao longo da nossa vida, uma vez que é nesse período que a nossa personalidade se desenvolve. Por essa razão, estamos sujeitos a traumas e conflitos intra-psíquicos que ficam guardados no Inconsciente e marcam a forma como nos relacionamos connosco e perante a sociedade. Esses conflitos tornam-nos únicos. Por isso, a Psicanálise dedica-se à análise das mensagens que o Inconsciente do paciente envia ao Consciente, através dos sonhos, dos atos falhados e dos desvios comportamentais.

A estrutura da Personalidade divide-se em três dimensões: o Consciente, dimensão mais racional; o Inconsciente, onde está a chave para a interpretação dos nossos comportamentos ou desvios comportamentais; e o Pré-Inconsciente, que é a dimensão intermédia entre o Consciente e o Inconsciente e que permite que os conteúdos deste último possam aceder ao Consciente sem provocar perturbações.   
         O Inconsciente corresponde aos conteúdos instintivos involuntários, bem como aos conteúdos recalcados ao longo da vida do indivíduo. Esta dimensão caracteriza-se por não esquecer nada, ou seja, todos os conflitos da vida de cada indivíduo ficam aí retidos e guardados com a mesma vivacidade com que foram vividos. O Inconsciente é imune ao tempo.

    A Estrutura da Personalidade 2ª tópica divide-se igualmente em três dimensões:
  • O Id: constitui “o reservatório da energia psíquica”, onde se localizam as pulsões. É formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. 
  • O Ego: soma total dos pensamentos, ideias, sentimentos e perceções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, que tem como funções a comprovação da realidade e a aceitação de parte dos desejos e exigências dos impulsos do Id. 
  • O Superego: é inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao Id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos.

  Desenvolvimento da Personalidade: Freud encontra duas premissas essenciais à Psicanálise, que são as ideias de existência do Inconsciente e a da sexualidade infantil. Baseado nestas premissas organizou o processo de desenvolvimento em estádios: 
  • 1º Estádio: Oral (0 - 12/18 meses): Líbido centrada na boca; a satisfação é obtida através desta. 
  •  2º Estádio: Anal (12/18 meses - 3/4 anos): Líbido centrada no ânus; a satisfação é obtida com a retenção e a expulsão das fezes. 
  • 3º Estádio: Fálico (3/4 anos – 5/6 anos): a Líbido está centrada nos genitais e a satisfação é obtida pelo toque nestes últimos. 
Sofia Fernandes, nº17  12ºC 



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