sábado, 27 de fevereiro de 2016

Freud e a evolução da psicanálise

Sigmund Freud é um dos maiores nomes conhecidos em todo o mundo assim como o termo “psicanálise. De acordo com um site de psicanálise “Freud sugeria três grandes mudanças ocorridas no ego humano coletivo em todo o registro histórico (Freud, 1917). A primeira, quando Copérnico (1473-1543), o astrónomo polaco, demonstrou que a Terra não era o centro do universo, mas apenas um dos muitos planetas a girarem em torno do sol.

A segunda mudança ocorreu no século XIX, quando Charles Darwin mostrou não ser o homem uma espécie única e distinta ocupando um papel de destaque na criação, mas apenas uma espécie superior proveniente de formas inferiores de vida animal.

E, finalmente, a terceira mudança, provocada por Freud, ao afirmar não ser o homem agente racional da própria vida, pois se encontra sob a influência de forças inconscientes que não percebe e sobre as quais tem pouco ou nenhum controle.”

No ano em que Freud morreu (1939) o mundo da psicologia mudou completamente e behaviorismo passa a constituir a forma dominante da psicologia americana. Desde o início que a psicanálise distinguia-se do pensamento psicológico geral tanto em relação aos objetivos como aos métodos e ao objeto de estudo.

A psicanálise é um campo clinico de investigação teórica e possui como objeto de estudo a psicopatologia – ou o comportamento anormal – em parte negligenciada pelas demais escolas de pensamento, e adota como principal método a observação clínica, e não a experimentação controlada de laboratório. E ainda trata do inconsciente, tópico praticamente ignorado por outros sistemas de pensamento.

Contrariamente, Wundt e Titchener não admitiam no seu sistema a idéia de forças inconscientes por considerarem não serem objetos passíveis de aplicação do método introspetivo, não podendo ser reduzidas em elementos sensoriais. Os funcionalistas, concentrados exclusivamente no estudo do consciente, não viam validade nem utilidade no uso da mente inconsciente, embora James admitisse a noção dos processos inconscientes. 

Freud foi o responsável pela introdução da noção de inconsciente na psicologia, é também aclamado o “Pai da psicanálise”.


                                                                                              Helena Ribeiro, 12C

ID, Ego e Superego




A Psicanálise é um tema que tem vindo a ser abordado ao longo das aulas de Psicologia. Desta forma, e na mesma linha do meu último artigo, penso que seria vantajoso abordar este tema, agora num aspeto mais específico. Refiro-me, com isto, a 3 conceitos: ID, Ego e Superego.
Freud sugeria e defendia a divisão da mente em duas partes: o consciente e o inconsciente. O consciente, para Freud, preserva uma visão superficial da personalidade. Por sua vez, o inconsciente compreende os instintos, isto é, as respostas do comportamento humano.
Tendo por base esta distinção, é agora possível avançar em direção ao tema central deste artigo, conforme mencionado.
O ID constitui o conjunto de necessidades e impulsos biológicos - a líbido -
presentes no nascimento e que procuram a satisfação. Mais tarde, será também o lugar do recalcado. Para além disto, o ID caracteriza-se por ser amoral, irracional e ilógico, pelo que se rege apenas pelo princípio do prazer. Neste sentido, podemos dizer que inclui as características atribuídas ao inconsciente.
No que se refere ao EGO, este utiliza mecanismos de defesa (recalcamento), parcialmente inconscientes, que lhe permitem gerir os conflitos entre as exigências do ID e do Superego. Por outras palavras, é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as referidas exigências do ID, as exigências da realidade e as ordens do Superego. Por sua vez, o Ego rege-se pelo princípio da realidade, pelo que tenta ser moral e lógico.
Relativamente ao último conceito, o Superego, este consiste numa imagem idealizada dos pais, opõe-se aos desejos do ID e a sua atividade é, sobretudo, inconsciente. Desta forma, origina-se com o Complexo de Édipo, pelo que se relaciona com as proibições, limites e tabus. Nesta linha, é hipermoral, por vezes muito exigente, sendo que consiste no ideal do eu e assegura os valores sociais e culturais.
                                                                                                                               Pedro Alves 12ºC

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Freud e a Psicanálise - Síntese

  
A Psicanálise caracteriza-se como uma corrente da Psicologia que procura o fundamento oculto dos comportamentos e dos processos mentais, com o objetivo de descobrir e resolver os conflitos intra-psíquicos geradores de sofrimento. A Psicanálise define-se como método terapêutico assente numa relação profunda entre o psicanalista e o paciente.
      Uma das mais importantes descobertas de Freud relaciona-se com a sexualidade infantil. O psiquismo humano forma-se a partir dos conflitos que, desde o nascimento confrontam os instintos sexuais (a Líbido) e a realidade. Podemos dizer que, em termos psicanalíticos, nós somos o resultado da nossa infância.
         Outra descoberta importante remete-se ao facto de a nossa mente consciente não controlar todos os nossos comportamentos. Mesmo os nossos atos voluntários, resultantes de uma deliberação racional, estão dependentes de uma fonte motivacional inconsciente.
            
       A descoberta do inconsciente: o desejo e a satisfação são elementos inerentes à nossa vida psíquica. Todos os nossos comportamentos resultam de uma fonte energética inesgotável, cuja manifestação assume várias formas. Trata-se do núcleo instintivo que dá vida à nossa alma e é constituído por dois pontos antagónicos: a Líbido, o desejo sexual, o amor, a que Freud chamou Eros; e o impulso de morte, a agressividade, designado por Thanatos.
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            A história da nossa infância “persegue-nos” ao longo da nossa vida, uma vez que é nesse período que a nossa personalidade se desenvolve. Por essa razão, estamos sujeitos a traumas e conflitos intra-psíquicos que ficam guardados no Inconsciente e marcam a forma como nos relacionamos connosco e perante a sociedade. Esses conflitos tornam-nos únicos. Por isso, a Psicanálise dedica-se à análise das mensagens que o Inconsciente do paciente envia ao Consciente, através dos sonhos, dos atos falhados e dos desvios comportamentais.

A estrutura da Personalidade divide-se em três dimensões: o Consciente, dimensão mais racional; o Inconsciente, onde está a chave para a interpretação dos nossos comportamentos ou desvios comportamentais; e o Pré-Inconsciente, que é a dimensão intermédia entre o Consciente e o Inconsciente e que permite que os conteúdos deste último possam aceder ao Consciente sem provocar perturbações.   
         O Inconsciente corresponde aos conteúdos instintivos involuntários, bem como aos conteúdos recalcados ao longo da vida do indivíduo. Esta dimensão caracteriza-se por não esquecer nada, ou seja, todos os conflitos da vida de cada indivíduo ficam aí retidos e guardados com a mesma vivacidade com que foram vividos. O Inconsciente é imune ao tempo.

    A Estrutura da Personalidade 2ª tópica divide-se igualmente em três dimensões:
  • O Id: constitui “o reservatório da energia psíquica”, onde se localizam as pulsões. É formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. 
  • O Ego: soma total dos pensamentos, ideias, sentimentos e perceções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, que tem como funções a comprovação da realidade e a aceitação de parte dos desejos e exigências dos impulsos do Id. 
  • O Superego: é inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao Id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos.

  Desenvolvimento da Personalidade: Freud encontra duas premissas essenciais à Psicanálise, que são as ideias de existência do Inconsciente e a da sexualidade infantil. Baseado nestas premissas organizou o processo de desenvolvimento em estádios: 
  • 1º Estádio: Oral (0 - 12/18 meses): Líbido centrada na boca; a satisfação é obtida através desta. 
  •  2º Estádio: Anal (12/18 meses - 3/4 anos): Líbido centrada no ânus; a satisfação é obtida com a retenção e a expulsão das fezes. 
  • 3º Estádio: Fálico (3/4 anos – 5/6 anos): a Líbido está centrada nos genitais e a satisfação é obtida pelo toque nestes últimos. 
Sofia Fernandes, nº17  12ºC 



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Freud e a sexualidade infantil


Para Freud, o desenvolvimento da personalidade desenrola-se numa sequência de estádios psicossexuais que decorrem desde o nascimento até à adolescência. Esta nova realidade, causou um enorme escândalo na sociedade, uma vez que até então a criança era vista como um símbolo de pureza, por outras palavras, um ser assexuado. O pai da psicanálise vai mais longe e afirma que a sexualidade não pode ser associada à genitalidade mas deverá abordar todo o universo que diz respeito ao prazer que tem origem no corpo e que suprime a tensão (libido).
Relativamente aos estádios psicossexuais, Sigmund determina cinco: estádio oral; estádio anal; estádio fálico; estádio de latência e estádio genital.
No que respeita ao primeiro estádio de desenvolvimento (que se situa entre os 0 e os 12/18 meses), a zona erógena é a boca, já que o bebé sente satisfação na amamentação, ao levar objetos à boca… O desmame é, por isso, um dos primeiros conflitos experimentados.
Quanto ao segundo estádio (12/18 meses até aos 2/3 anos), a zona erógena é a região anal, a criança obtém prazer pela estimulação do ânus na retenção/expulsão das fezes. O controlo da defecação gera em simultâneo sentimentos de dor e prazer.
O terceiro estádio (entre os 3 e os 5/6 anos) tem como zona erógena a região genital: nesta fase assiste-se à estimulação dos órgãos sexuais por parte da criança. Surge portanto, nesta etapa, a curiosidade pelo sexo oposto e o complexo de Édipo.
Em relação ao quarto estádio (desde os 5/6 anos até à puberdade) verifica-se uma atenuação da atividade sexual. A criança reprime no seu inconsciente tudo aquilo que experienciou no estádio fálico e investe toda a sua energia em atividades escolares e no desenvolvimento das suas relações com colegas e professores.
Por fim, o último estádio de desenvolvimento (a partir da puberdade), a região erógena regressa à região genital reavivando a sexualidade outrora reprimida. O prazer sexual passa a espalhar-se por todo o corpo integrando todas as zonas erógenas.

Patrícia Caldas 12ºD

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Nascer é difícil
































“Os filhos dos homens, dentre todos os animais jovens, são os mais difíceis de serem tratados”, Patão.
O processo de criação e desenvolvimento do ser humano é um dos processos mais complexos e perigosos da natureza. Desde o momento em que nascemos, ficamos expostos a um sem número de perigos e de circunstâncias que vão ser fulcrais para o que seremos no futuro. O meio em que se nasce é determinante para a defenição do “eu” de cada um, se uma criança nascer num meio rodeado de delinquência e de maus exemplos terá uma maior tendência para se tornar uma delinquente, claro que não se pode generalizar esta máxima, porque o ser humano é o ser mais complexo e singular da natureza e nesta espécie ninguém é igual a ninguém. Depois de ultrapassado este primeiro perigo eis que surge o segundo, os nossos pais e a educação que nos darão. Este ponto não está diretamente relacionado com o meio em que nascemos (ao contrário do que se possa pensar) porque por vezes temos tudo menos uma boa educação e uns pais presentes. A educação que se recebe por parte dos pais é muito importante para nos formarmos como homens e mulheres. Esta educação começa a ser dada desde muito cedo, os pais tentam incutir aos seus filhos normas e leis morais, que constituem, para eles, o “eu” perfeito que desejam que seja alcançado pelo seu filho no futuro. Nesta etapa a criança aprende, essencialmente, a distinguir o bem do mal, aprende a controlar os seus instintos e regula a sua vida não só pelo prazer mas também pelo dever e pela moral, deixando de ser um ser amoral, aqui depara-se com algumas batalhas entre o prazer e o moralmente correto, uma das primeiras é quando tem de deixar de se alimentar através do seio da sua mãe ou quando tem de deixar de usar a chupeta, coisas que lhe dão muito prazer mas que a moral reprime a partir de um certo momento da sua vida.
Depois de “sobrevivermos” a estes dois grandes perigos, tudo depende de cada um de nós e do modo como absorvemos os ensinamentos que nos foram concedidos tanto pelos nossos pais como pelo meio e pela sociedade em que crescemos. Para que isto aconteça tem de haver desde cedo, uma relação de grande confiança entre pais e filhos que pode ser perdida por simples fatores e acontecimentos que se sucedem na infância, perguntas como “de onde vêm os bebés?” feitas constantemente neste período, são um dos fatores que contribuem para a desconfiança dos filhos perante os seus pais no futuro, pois são respondidas na maioria das vezes de um modo desonesto. Acontecimentos como este parecem inofencivos, mas a verdade é que tudo o que acontece na nossa infância é um reflexo daquilo que somos, possivelmente não nos lembramos desses acontecimentos tão remotos, mas eles refletem-se pela nossa vida fora. Conjugando a sorte de se nascer num meio social equilibrado e o facto de ter uma boa educação por parte dos nossos pais, porque na sociedade em que vivemos estes dois fatores são cada vez mais “uma sorte” para quem os possui, basta-nos seguir o caminho que nos foi indicado como mais favorável, não nos deixando afetar por fatores externos da sociedade e sabendo fazer sempre as escolhas certas fazendo uso da dsitinção entre o bem e o mal tal como aprendemos durante a nossa infância, tal como dizia William Wordsworth, “A criança é o pai do Homem”
A pessoa que nos tornamos está envolta numa série de fatores e de pequenos acontecimentos que se desenvolvem desde a infância e que decorrem pela vida fora, poque embora saiba que a infância é um período fulcral no desenvolvimento humano, também acredito que ao longo da vida vamos mudando a nossa maneira de ser e de estar com o mundo fruto das circunstâncias da vida. Para mim o nascimento de uma criança é o começo de uma grande aventura repleta de perigos e ameaças em que os pais têm a árdua tarefa de prepararem os seus filhos para esta longa caminhada, tarefa que não está ao alcance de todos, pois apenas quem foi preparado para a batalha da vida pode algum dia preparar alguém para essa mesma batalha.






Bruno Pinto, Nº3, 12ºC


sábado, 20 de fevereiro de 2016

Desenvolvimento Psicossexual segundo Freud

Para Sigmund Freud, o desenvolvimento da personalidade e de vários traços comportamentais do Homem forma-se através de uma sequência de etapas psicossexuais que ocorrem desde o nascimento até à adolescência. Etapas estas que são as seguintes:

Fase Oral dos 0 a 1 ano de vida:      A região do corpo que proporciona maior prazer à criança é a boca. É através da boca que a criança entra em contacto com o mundo. O principal objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de fornecer alimento, possibilita a vinculação entre mãe e filho.

Fase Anal dos 2 aos 4 anos de vida:
Neste período a criança adquire o controlo da esfíncter (musculo do ânus) e a zona de maior satisfação é a região do ânus.

Fase Fálica dos 4 aos 6 anos de vida:
Nesta etapa, a atenção da criança volta-se para a região genital e esta apresenta um comportamento narcisista. Ao serem confrontadas com as diferenças entre os dois sexos, as crianças criam as chamadas «teorias sexuais infantis», imaginando que às meninas lhes tinha sido retirado o pénis (complexo da castração). As meninas veem-se incompletas pela ausência do pénis. Neste período surge também o Complexo de Édipo, onde o menino passa a apresentar uma atracão pela mãe e rivaliza com o pai. O fenómeno contrário ocorre na menina, chamado Complexo de Electra. Esta passa a sentir maior atracão pelo pai e rivaliza com a mãe.

Tiago Antunes 12ºD

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O Desenvolvimento da Personalidade

Sigmund Freud, o ilustre pai da psicanálise, deu-nos a conhecer, através da sua teoria, a personalidade e a forma como ele percepciona o ser humano e os seus conflitos.
Considera-se que esta teoria, se estrutura através de duas tópicas: na primeira, temos o famoso “Icebergue”, que coloca o consciente no topo, o pré-consciente a meio e o inconsciente no fundo. Sendo que, o inconsciente é a origem da vida psíquica e sujeita-se às forças de recalcamento impostas pela censura. O pré-consciente é o material inconsciente que nos dá acesso ao consciente, e esse, o consciente, seria uma visão superficial de toda a personalidade. Relativamente à segunda tópica, Freud, subdividiu-a em 3 conceitos, nomeadamente, o ID, o EGO e o SUPEREGO. 
Abordando cada um deles de forma mais profunda, o ID reune o conjunto de necessidades e impulsos biológicos, pulsão (eros/thanatos, ou seja, amor/ódio), instintos (sexuais e agressivos), que se regem pelo prazer, procurando a satisfação, que mais tarde será recalcada, reprimida, considera-se portanto, inconsciente, amoral. No que toca ao EGO, assume-se como um Eu, são os primeiros conflitos da infância, isto é, quer na infância, quer ao longo da vida, surge um “conflito eterno”, que é a capacidade do Homem gerir de forma equilibrada, o prazer e os deveres/obrigações, as exigências do ID e do SUPEREGO, consideramos por isso, o “eu como um campo de batalha, ou como um escravo que deve obedecer a 2 senhores”. De forma que, são criados de maneira parcialmente inconsciente, mecanismos de defesa que se associam à repressão, que por sua vez, consiste na capacidade de adiar a satisfação das necessidades. 
Em relação ao SUPEREGO, tal como o conceito nos indica, é um super-eu, surge como a resolução do complexo de édipo, nomeadamente a idealização, na maioria das vezes por parte dos pais, de uma imagem, de um ideal. Começa então, a recair sobre o ser humano a noção do dever, dos valores sociais e culturais, a consciência moral, e por vezes, hipermoral, que é a exigência de tal forma exagerada dos valores e ideais que se tornam insuportáveis (neurose).
Para concluir esta situação, a psicanálise de Freud, é um modelo dinâmico que se centra nos conflitos que opõem a natureza instintiva do homem às interdições culturais que levam ao desenvolvimento da personalidade na infância permitindo assim, mais tarde, viver na sociedade dos homens. 

Maria Joana, nº12, 12ºC

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Introdução á Psicanálise

A psicanálise é um tema que temos vindo a abordar ao longo das aulas de Psicologia. Assim, tendo em conta que faz parte do nosso programa, e aproveitando o facto de ser tema presente nas aulas, achei que seria benéfico fazer uma introdução á Psicanálise.
A psicanálise foi um método proposto por Sigmund Freud, cujo objetivo principal é a análise, interpretação, estudo e compreensão do Homem. Para isto, encara-o como um sujeito inconsciente, sendo que abrange três áreas: um método de investigação; um sistema teórico; e um método de tratamento, caracterizado pela associação livre.
Tendo por base estes princípios, é possível concluir que a Psicanálise é uma teoria da personalidade, do comportamento humano, pelo que pretende decifrar a organização da mente. Assume-se, também, como um campo clínico, aproximando-se em alguns aspetos da medicina, visando curar doenças.
Sigmund Freud, considerado o pai da Psicanálise, foi inspirado pelo trabalho de de Josef Breuer, que introduziu o estudo da hipnose, que Freud viria a substituir pela associação livre.
Em linguagem mais vulgar e num ponto de vista do senso comum, a Psicanálise é muitas vezes entendida como Psicologia. No entanto, são duas vertentes que, embora se relacionem, devem ser entendidas de forma distinta.
A teoria psicanalítica encontra-se exposta e resumida em três publicações históricas: "Interpretação dos sonhos"; "Psicopatologia da vida Quotidiana"; e "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade".
                                                                                          Pedro Alves 12ºC

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Freud e a psicanálise


No início do século XX, a conceção do ser humano mudou radicalmente. Os princípios da racionalidade que orientavam a ciência e o conhecimento do Homem, nos finais do século XIX, foram colocados em causa.

Sigmund Freud, um médico austríaco, foi uma das várias personalidades que revolucionou os conhecimentos científicos desta época, aquando da publicação do seu livro, A Interpretação dos Sonhos, uma obra que causou uma onda de controvérsia, tanto junto da comunidade científica como da sociedade, devido à sua ideologia que divergia das convicções vigentes neste período. Freud afirmou, ao longo da sua obra, cinco conceitos que facultavam ao ser humano uma nova dimensão para além da sua racionalidade, o inconsciente.

A sua colaboração com o professor Jean Charcot, que ficou notoriamente conhecido pelo uso da hipnose no tratamento da histeria, levou-o a colocar a hipótese da existência de uma instância do psiquismo que é desconhecida ao indivíduo. Freud, com o objetivo de investigar esta questão, cooperou com o médico Breuer, que tal como Charcot utilizava a hipnose em casos de histeria.

Porém, em 1986, o trabalho desenvolvido entre Freud e Breuer foi dado como terminado, uma vez que, Freud considerava que a hipnose não era um método adequado para a eliminação da histeria, pois não era possível utilizar este tratamento em todos os pacientes e os resultados deste eram efémeros.
 
Tendo em conta este panorama, Freud começou a elaborar o seu próprio método para o tratamento de transtornos psíquicos, aliando os seus conhecimentos clínicos e um conjunto de práticas que proporcionavam levar para o consciente as causas de origem inconsciente dos problemas dos pacientes.

As técnicas elaboradas e utilizadas por Freud foram: a associação livre; a interpretação dos sonhos; a análise de transferência e a análise de atos falhados. Destes procedimentos destaca-se o método da associação livre, em que o individuo falava sobre o que lhe ocorria e chegava a um ponto em manifestava resistências e desejos, associados a recalcamentos inconscientes.

Nascia, assim, a psicanálise de Freud que explora o inconsciente do indivíduo, com vista a encontrar os recalcamentos reprimidos através da cultura, que condicionam o seu comportamento.


Patrícia Ferreira, 12ºD, nº10

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A doença mental é hoje em dia muito conhecida. Esta é definida e estudada por vários científicos, com o objetivo de procurar resposta para esta doença. Essa resposta pode ser a procura de ajuda a um terapeuta, a um psiquiatra ou recorrer a outros especialistas.
Esta doença não se trata apenas de desvios do comportamento das pessoas mas sim pode se tratar de uma disfunção na pessoa.
http://saude.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/doencas-mentais-mais-comuns-3/doencas-mentais-mais-comuns-2.jpg
"As doenças mentais devem ser encaradas do mesmo modo como se olha para as doenças físicas. Tal como o cancro e as doenças de coração, sabe-se que muitas doenças mentais têm causas definidas, requerendo cuidados e tratamento. Quando os cuidados e o tratamento são prestados, é de esperar uma melhoria ou recuperação, permitindo às pessoas regressarem à comunidade e retomarem vidas normais. Infelizmente, os preconceitos impedem que as pessoas, uma vez recuperadas das doenças mentais, consigam dar os passos para reingressar na vida vocacional, familiar e social, com total plenitude. Este obstáculo, vem bloquear os esforços que permitiriam que as suas vidas seguissem cursos tão normais e produtivos quanto possível."
Esta frase serve para observar que as pessoas descriminam/tratam de modo diferente as doenças, todas as doenças.
Temos vários tipos de doenças mentais, tais como, a depressão, a esquizofrenia, as perturbações ansiosas, fobias ou até mesmo as perturbações do comportamento alimentar.

Fontes: http://www.adeb.pt/pages/estigma-saude-mental
Joana Filipa 


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O comportamentalismo de Watson


Neste artigo, vou apresentar uma das teorias que está na origem da psicologia:
o comportamentalismo.

John Watson propõe que o estudo da psicologia incida no comportamento humano. Este, tende a ser tratado pelos métodos usados pelas ciências da natureza. Com a utilização destes métodos, Watson pretende chegar ao estabelecimento de leis explicativas do comportamento do ser humano. É a revolução behaviorista, tendência que, nos finais do século XIX triunfa e que anima as investigações psicológicas nas primeiras décadas do século XX. Como ciência do comportamento, a ciência deve ater-se, exclusivamente, ao binómio situação-reação (S-R), sendo que, a situação corresponde ao conjunto de estímulos objetivamente observáveis e a reação equivale ao conjunto de respostas objetivamente observáveis. Segundo Watson, a ligação S-R processa-se de modo mecânico, o que lhe permite fazer uma interpretação causalista do comportamento e, consequentemente, elaborar leis explicativas do mesmo. As leis behavioristas pretendiam, em primeiro lugar, prever a reação subsequente, perante um estímulo e, em segundo lugar, perante uma resposta, determinar o estímulo que a desencadeou.

Em conclusão, refiro que John Watson é considerado como um dos fundadores da psicologia e que é a preocupação com a objetividade que leva, este psicólogo, a inspirar-se nos métodos da biologia.

                                                                                                                   
                                                                                                                       Cristina Botelho